Domingo, 6 de Novembro de 2005
Continuemos a falar das palavras esdrúxulas ou proparoxítonas, isto é aquelas que, como máquina ou série, têm o acento tónico na antepenúltima sílaba.
Já vimos que há esdrúxulas aparentes. Terminam em ditongo crescente, como ia ou ua. Serve de exemplo de esdrúxula aparente a palavra contínuo.
Vimos também que as esdrúxulas levam sempre acento na sílaba tónica, a antepenúltima. Esse acento pode ser agudo ou circunflexo.
O acento duma palavra esdrúxula indica a sílaba tónica, mas tem outra função. Assim, em sólido indica que o o é aberto e em sôfrego que é fechado.
Existe um certo número de esdrúxulas com problemas. Estão bem identificadas. A antepenúltima sílaba termina em e ou o, a que segue um m ou um n. Serve de exemplo sêmea, sê-me-a na divisão silábica.
Neste grupo de palavras esdrúxulas existem divergências nas actuais ortografias de Brasil e Portugal. Os brasileiros escrevem cômodo, tônico, polinômio, polêmica, higiênico e prêmio ao passo que nos outros países se usam as grafias cómodo, tónico, polinómio, polémica, higiénico e prémio.
O que é que o acordo ortográfico estabelece para estas esdrúxulas com divergências?
É o que veremos noutro artigo.
João Manuel Maia Alves